Eu amo o jeito que ela ama
Do momento que ela toca o meu rosto até quando deita sobre o meu corpo, amor é algo sentido em exagero. E amor, para mim, é exagero. Porque eu sinto, me declaro e confio exageradamente. É um exagero que explode quando a puxo para perto e dançamos em sincronia no nosso prazer particular. E, depois de tudo, quando o ar nos é rarefeito, o nosso corpo se entrelaça e sua cabeça repousa sobre o meu peito, eu a observo em silêncio e me pego perdidamente apaixonado pelo seu jeito de amar. Porque ela ama em euforia, como se guardasse dentro de si um mar tempestuoso de sentimentos para se derramar sobre minhas terras. Ela ama na pressão que os nossos corpos exercem um sobre o outro no nosso maior grau de exaltação; e na delicadeza dos seus dedos enrolando os fios do meu cabelo enquanto respira sob o meu respirar com o rosto inclinado sobre o meu pescoço. Eu sinto minh'alma preenchida de paz quando ela diz que me ama repetidamente e, mesmo não economizando em palavras, ela nunca precisou delas para dizer isso. Ela ama, disso eu tenho certeza, e ela não ama só quando diz, ela ama em tudo o que ela faz, a cada momento que ela reconhece meus pequenos gestos de amor. O seu amor não se resume à trechos de poesias e promessas sem razão, ela prova esse amor a cada dia e em cada gesto, fazendo aquilo que todos falam aos montes em suas declarações de relações prematuras e acabam esquecendo quando o céu se fecha. Ela ama sendo presente, me acolhendo e permitindo ser acolhida, lembrando sempre o quão sortudos somos por ter um ao outro. Ela ama na prática, no detalhe e em atos. E eu amo o seu jeito de amar, porque é doce, diplomático e saudável. Eu amo o jeito que ela desvia de brigas desnecessárias. Também amo quando ela me entende em momentos que eu penso que nem ela poderá me compreender. Eu amo o jeito que ela olha para mim em silêncio, como se estivesse grata à sua fé particular apenas pela minha presença; enquanto eu finjo que não percebo mas sinto meu coração derreter sob meu peito. Eu amo o jeito que ela ama por que ela ama como eu amo, explodindo de um amor de exageros que se expressa em detalhes, um amor que não economiza em aperto nos abraços, muito menos em declarações apaixonadas em cada intervalo dos nossos longos beijos. Ela nunca foi igual a mim e eu nunca quis que fosse, mas ela enxerga o amor do mesmo jeito que eu. E isso basta, sempre bastou.
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