O tempo para
Eu não acredito que qualquer físico teórico ou poeta simbolista possa explicar com exatidão como o tempo para diante dos seus olhos escuros. Eu já não tento mais entender, mas nunca deixou de ser curioso. Há um mundo de desolação lá fora; os motoristas presos em seus carros buzinam em vão para o engarrafamento enquanto os ônibus ao redor espremem pessoas com seus próprios mundos de problemas pessoais e estresse. E não se engane, nós também cultivamos as nossas próprias desolações; porque é normal, infelizmente é comum colecionarmos preocupações como figuras adesivas ou selos. Mas tudo pára, o fogo cessa e por um momento, o mundo já não nos alcança mais. Assinamos um tratado de paz com as nossas almas e vivemos pelo prazer da nossa felicidade compartilhada. Estamos além, sempre fomos além, mas transcedemos. Fugimos da histeria maçante das n...