Gravidade
Gravidade. A lei da atração entre os corpos. Todo objeto atrai todos os objetos com uma força proporcional ao seu peso. A gravidade nos dá chão e, consequentemente, nos possibilita caminhar. Porém, Einstein não enxergava a gravidade como uma força decorrente simplesmente da densidade de um corpo, mas sim como uma consequência da deformação do espaço-tempo. Ele dizia que até roupas centrifugando e sendo jogadas para as paredes do tanque pela força centrífuga poderia ser um bom exemplo de "gravidade artificial". O espaço-tempo se deforma e nos mantém preso aqui, assim como o sol o deforma e mantém a Terra em sua órbita. Gravidade, aquilo que prende, que dá um sentido, uma órbita. És gravidade. E não, a tua atração não é proporcional ao teu peso — por motivos óbvios — mas ainda não é totalmente disjunta da tua densidade. A densidade é uma grandeza que mede a quantidade de massa num determinado volume. Mas podemos aqui dizer que tua densidade é todo o mundo que cabe aí, por trás dos teus olhos, são os universos que eu descobri ouvindo a tua voz e lendo as tuas mensagens, é o carinho que cabe em cada tua palavra. A tua densidade é o quosciente de todo o amor do mundo concentrado em uma pequena pessoa de pouco mais de um metro e sessenta. E é isso que te dá tanto poder de atração. É a tua densidade que me mantém em tua órbita por tanto tempo, que me puxa ao chão e me dá um caminho quando estou perdido vagando pelo universo que minha mente guarda. É a tua força gravitacional que me abraça e não me deixa caminhar sozinho. És gravidade. Mas não só isso. És o cosmos inteiro. És um universo de supernovas, és a calmaria de um vácuo silencioso e a explosão de estrelas anciãs. És sol que ilumina e mantém-me em órbita. És lua que guia-me à noite. És um universo e mereces o universo. E espero que nunca, por motivo algum, permita alguém apagar a tua luz. Porque para os astrólogos só as estrelas importam mesmo que tenhas dentro de ti todo um universo de maravilhas para explorar. É esse o motivo de toda a retórica pseudo-científica, não só pelos dias de escuridão que suportas tão bem o peso da vida sem deixar de amadurecer, abrir a mente e se expandir a todo instante como um bom universo faz, mas também, pela beleza que já tens, em tuas estrelas, em tuas galáxias, e nessa força de atração impressionante que puxa os melhores planetas e cuida deles tão bem. Ainda espero estar em tua órbita por muito tempo e poder descobrir cada vez mais o teu cosmos. Eu agradeço por me manter aqui, por me atrair e, principalmente, por me dar luz.
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