Obsolência

Sou a onda que quebra e encharca o chão frio
Sou a areia pisada que repousa na praia
Independo de chuva, barulho ou vazio
Perecerei no silêncio em que a noite desmaia

Vivo renovando-me sob a pele marcada
Esperando o que os horizontes guardam pra mim
Com memórias pendentes a serem apagadas
Estimando um tendencioso e amargo fim

Do pífio desprezo que retém meu valor
À beira da esperança que sempre trás paz
Sou amor
Puramente amor
E nada mais

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