Ao término de quatro meses
Outro contraponto e estamos fora da estrada. Nenhum sinal de progresso e sem lugar para onde ir. Parece que já não temos mais motivos para sorrir e nossos passos não nos levam mais a nada. Estamos correndo no escuro com medo de voltar atrás sem perceber que a turbulência não vai passar. E ao longo destes cento e vinte dias, era de toda a minha vontade falar que serão os primeiros de toda uma eternidade, mas estamos segurando algo que não nos pertence mais. A insistência é apenas o reflexo do medo de voltar a viver na escuridão, mas nem percebemos que já estamos nela e que não sairemos se não nos soltarmos e deixarmos cair de vez. E por cada momento de felicidade passado, a angústia nos toma por completo e o acordar se torna demasiadamente ardente. Mas não há caminhos para seguir, a nossa despedida é apenas um mal adiado. É algo imprevisível mas no final é a única saída. Eu espero ter te dado a melhor eternidade da sua vida.
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