Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2015

O amanhecer do resto de nossas vidas

Essa é a foz das nossas vidas, atrás as nossas vertentes, visando o que vai enfrentar. Definimos nossas escolhas nas raízes do que plantamos, colhemos apenas a esperança de um dia poder se orgulhar de cada esforço e lágrima derramada. De tudo que nós passamos fica os momentos, as lembranças soltas no vento, o desejo de voltar no tempo e o derradeiro trabalho que nos restou a completar. Sejamos parte da memória de cada um que daqui saiu, de cada pessoa que aqui se construiu, dos momentos que nos orgulhamos em compartilhar. Então estaremos de volta ao princípio, talvez sem muitos rostos conhecidos e com uma saudade insistente daquelas horas do dia em que uma palavra era capaz de te alegrar. Escreveremos mais um capítulo da nossa história baseada numa grande mudança, desejada desde a infância e temida ao se aproximar. Estas palavras podem ser as últimas, o nosso caminho pode ser divergente, portanto desde ent...

E eu a amo

E eu a amo. Eu a amo não só pelo acaso ou basicamente por ele. Eu a amo não só pelos fins de tarde ou cedo pela manhã, não só nas declarações festivas ou nos beijos de despedida, eu estou incessantemente a dispor de amá-la com toda vontade a cada segundo. Ela é meu sol nascente pela manhã, que ilumina, traz esperança, desperta e convida para o doce e amargo desejo de viver. E eu não só de felicidade vivi deste amor, por mais que eu esperava. Este amor já me machucou e me derrubou, mas, ironicamente, eu preciso dele pra me levantar. E ela, ela é como um sonho vivente na realidade em todas as suas formas, qualidades e defeitos. Ela é o sinônimo de amor mais doce que eu já senti. Ela é a pura definição de delicadeza em todos os seus detalhes, desde a luz que reflete e ascende seu olhar até os últimos centímetros dos seus fios de cabelo que ultrapassam facilmente...

Ao término de quatro meses

Outro contraponto e estamos fora da estrada. Nenhum sinal de progresso e sem lugar para onde ir. Parece que já não temos mais motivos para sorrir e nossos passos não nos levam mais a nada. Estamos correndo no escuro com medo de voltar atrás sem perceber que a turbulência não vai passar. E ao longo destes cento e vinte dias, era de toda a minha vontade falar que serão os primeiros de toda uma eternidade, mas estamos segurando algo que não nos pertence mais. A insistência é apenas o reflexo do medo de voltar a viver na escuridão, mas nem percebemos que já estamos nela e que não sairemos se não nos soltarmos e deixarmos cair de vez. E por cada momento de felicidade passado, a angústia nos toma por completo e o acordar se torna demasiadamente ardente. Mas não há caminhos para seguir, a nossa despedida é apenas um mal adiado. É algo imprevisível mas no final é a única saída. Eu ...

Toda memória ardente

Onde nunca se viu, há de fazer necessário Em sua pureza, em parte e essência Há de empobrecer o tão amplo glossário Até se explicar toda a sua ciência É de fato do amor toda memória ardente Que é de natureza insistir em lembrar É de suma importância sua dor iminente Até de fato fazer-te um temente a amar É a lágrima, a lástima ou a vaga memória Recorrente aos passos destinados a dar No vão de seus erros, constrói a história No instante em que cada instante há de parar O amor se pronuncia em minúcia, simplória Mas há de fazer renascer o desejo de amar