Sombras
É assim, nos dias frios, nas noites mais silenciosas, no mais tardar, quando todos vão dormir, que me vejo preso, refém do meu medo. Aquele medo que acompanha minhas sombras, que rastejam pelo chão durante o dia, e desenham cada traço meu nas paredes no escuro. E nos momentos que a noite cala, que as lágrimas tentam arrumar a bagunça de uma mente tão desgastada e cansada que se perde no turbilhão de memórias e arrependimentos que, talvez, nunca terão fim. Para que cada incerteza ganhe um ponto final, e que cada lembrança seja apenas lembranças, que não interfiram, que não dificultem, que só me faça saber enfrentar e aprender que calar só me faz um prisioneiro voluntário no meu próprio mundo que se encontra sempre em guerra.
Comentários
Postar um comentário