Se perdeu num olhar
Sei lá, às vezes o vento leva a paz, às vezes um olhar muda o dia e, quase imperceptivelmente, faz um escravo do silêncio. E tudo é uma grande dúvida num mundo de suposições, a certeza raramente está presente em suas razões. O mundo parece tão pequeno, as luzes parecem tão fracas e quando tudo falha, o que resta é abaixar a cabeça, fugir do real e com lápis e papel expulsar, em linhas tortas de palavras mortas, tudo que dói, que desaba, que destrói. E naquelas horas que tudo vem a baixo, cada palavra é como uma arma, que quando má direcionada, te faz explodir, para seus restos no chão serem pisados, para que cada parte carregue aquele amor que sofreu com o tempo, que foi morrendo, que se perdeu num olhar.
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