O amor em fórmulas aritméticas
Certamente não é tão comum eu me render aos praxes de toda prosa de amor, ao falar que será eterno enquanto durar como nos versos de Vinícius de Moraes, ou dizer que por toda a minha vida eu irei te amar, como Tom Jobim. E não é São Valentim que vai mudar isso. Eu estava tentando escrever algo que ao menos demonstre em tamanha gratidão o meu amor por você. Mas previsivelmente, todas as formas ficaram bem clichês ou obsoletas. Então decidi usar a matemática.
Não como John Green, de forma subjetiva e esporádica em A Culpa é das Estrelas, acho que é mais técnico que isso.
Não é muito absurdo pensar no amor como uma Progressão Aritmética — talvez seja meio idiota, mas não absurdo. Assim como uma progressão, o amor sempre tem um começo, não significa que tem que ser exatamente no início mas sim quando ele decidir se expressar, porém, não necessariamente tem um fim. O amor, assim como na sequência matemática, pode ser infinito, sempre seguido da mesma razão que o fez nascer. E não é algo muito complicado de entender, muitas vezes nem precisa de fórmula, apenas observando-se o que somou a esta união ao longo do tempo — todas as brigas superadas e problemas vencidos — justifica o quanto tempo se mantém vivo no coração de cada um. E por isso sou grato, pelo quanto acrescentou na minha vida, pelos momentos onde não parecia ter saída, você foi a minha solução. E por isso sou grato, pois mesmo somando tanto ao longo desse tempo, a nossa união se mantém viva pois ainda somos frutos da mesma razão que nos acompanha desde o começo e que me faz acreditar que um dia ainda olharemos para trás e nos orgulharemos de todas as dificuldades superadas, o amor.
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