Noventa e cinco dias

Tem sido longos noventa e cinco dias. E ainda o que mais dói é saber que eu não pude te dizer todo o meu amor. Havia muita raiva e decepção naquele momento. Mas enfim, eu deixei você ir pensando que você era o meu maior erro mas a verdade é que esse foi o meu maior erro, você era a melhor escolha a qual tomei. E o motivo de eu escrever cartas e jogar ao mar é porque eu não posso falá-las a ninguém, você ainda é a única capaz de me entender. Sabe, ainda dói sentar na janela do ônibus e você parecer grudar na minha mente. Em um momento da minha vida eu apenas queria abdicar da necessidade de viver em conjunto uma vida cada vez mais cruel a quem vive em prol do amor. Mas não, você me convenceu do contrário, que ainda é preciso ter alguém que te apoie nas suas decisões mais difíceis e te levante nas horas em que você atinge o chão. Só que não foi recíproco todo o seu esforço, hoje eu tenho total consciência disso. Infelizmente, só hoje. Talvez o amor sim, eu sempre te amei mais do que podia mas sempre deixava a raiva tomar a minha cabeça a cada pequeno erro seu. Mesmo você sempre estando ao meu lado me convencendo que amar é aprender a melhorar juntos. Você nunca desistiu de mim. E olha onde eu acabei. A vida te tirou de mim e me jogou na última mesa do bar partindo para o quarto drink e escrevendo frases que só o mar vai ler. Escrevendo o que eu senti e escondi, e que hoje eu sinto e não tenho mais a quem falar.

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