Arrependimento
Ela se foi no espaço vazio onde o seu amor costumava ficar. Tão calma e silenciosa quanto seu devaneio de felicidade que sempre discreto, temia o seu curto tempo. Eu nunca pude dizer o quanto eu a amo e mesmo que quisesse nunca conseguiria, nem ao menos eu tinha noção de todo esse amor. E não importa o quanto eu tente, sequer nos meus sonhos eu poderei vê-la se jogar em meus braços e pedir todo o amor que me dói guardar. E talvez, nessa décima quarta, ou quinta, carta, eu poderei alcançá-la em algum lugar que ela esteja, podendo ler o emaranhado de palavras que as lágrimas molham e mancham. Eu ainda espero reencontrá-la, nem que seja nos meus mais profundos devaneios, e poder dizer o quanto eu preciso de cada palavra de ajuda ou sentimento de importância que ela tem a me dar. Ainda espero, caro leitor, pedir perdão por todos os erros e tentar sensibilizá-la, amolecer a pedra que está seu coraç...